Nesta quinta (14) é o Dia Mundial do Diabetes, cujo tema da campanha deste ano trata sobre a importância da família nos cuidados com o portador da doença. “Diabetes é um conjunto de doenças que levam ao aumento da glicemia e, consequentemente, no nível de açúcar no sangue”, explica o endocrinologista do Hospital IPO e tesoureiro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional PR, Emerson Cestari Marino.

O especialista conta que há diversos tipos de Diabetes: os desenvolvidos por fatores genéticos; os medicamentosos; os autoimunes; e os que fazem parte da classificação diabetes tipo 2. Este último é o mais comum e, justamente, pode ser evitado com o controle, com a prática de exercícios, baixa de peso (quando o paciente está acima) e dieta alimentar. 

“Para se ter ideia, no caso de um pré-diabético, cada quilo diminuído corresponde a diminuição do risco de desenvolver diabetes da ordem de 16% nos próximos cinco anos. Se somarmos isso à prática de ao menos três horas semanais de atividade física, esse risco diminui aproximadamente 60%”, explica Marino.

O diabetes não tratado causa uma série de problemas que afetam a qualidade de vida das pessoas: aumenta-se o risco de infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e, além disso, pode causar perda de visão, severos problemas renais, entre outros males. 

“Para quem já desenvolveu diabetes tipo 2, a prática de exercícios físicos tem a mesma importância do que o uso de medicamentos, que também são fundamentais”, alerta. “Por isso, é importante adotar hábitos saudáveis o quanto antes", diz Marino. "Antes de desenvolver o diabetes tipo 2, o paciente começa a apresentar alterações de glicemia e triglicerídeos, por isso a importância de buscar um médico regularmente e a realização de exames preventivos”.