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Exame que avalia o “equilíbrio do corpo”, posturografia detecta até doenças mais graves

Otoneurologista explica procedimento, que avalia diferentes tipos de labirintopatias, cuja origem pode ser a partir do sistema nervoso central

Comunicação Hospital IPO

As labirintopatias são muito mais do que a população em geral costuma imaginar. Muitas vezes, os diferentes tipos de tonturas ficam com o estigma do que as pessoas chamam popularmente de "labirintite". Este é um nome popular de apenas um dos muitos tipos de labitintopatias, e cada uma com seu tratamento específico.

Para determinar a gravidade, origem e tratamentos dessas ocorrências, existem vários exames, dentre eles um novo chamado de posturografia. A partir destes exames, é possível identificar quais são as patologias de forma correta e, consequentemente, as futuras etapas para um tratamento.

A posturografia é um exame complementar que se junta aos exames já existentes, uma vez que estes não testavam uma área chamada de Via Vestíbulo-Espinal, responsável por ligar o labirinto aos nossos membros, tato e articulações. Estes nervos saem de nossa cabeça e vêm pela medula na coluna, então se espalhando pelo resto do corpo. “Essa via é uma das que nos faz perceber se estamos de pé, deitados ou sentados, mesmo com os olhos fechados”, detalha Alexandre Gasperin, otoneurologista do Hospital IPO.

É o caso por exemplo, do paciente diabético, que perde sensibilidade dos pés, tendo desequilíbrios por esta perda informação da planta dos pés. Também é muito comum no paciente idoso que perde a força dos músculos das pernas, sendo essa a origem do problema.

“Ao contrário do que é dito por leigos – que costumam classificar como ‘labirintite’ qualquer problema que envolve a perda de equilíbrio e outros sintomas – existem múltiplas causas e tipos de labirintopatias”, alerta Gasperin. “O nosso Sistema do Equilíbrio é complexo – não é só ligado ao labirinto ou vestíbulo (área do ouvido interno responsável pela detecção de movimentos do corpo). Ele tem interligação a outros diversos órgãos e estruturas complexas, assim como ao sistema nervoso central. Por isso, necessitamos dos exames complementares para este diagnóstico: tudo está embutido dentro de nossa cabeça, uma área inatingível sem exames complementares”.

Quando Gasperin se refere ao Sistema do Equilíbrio, ele menciona simultaneamente o Sistema Nervoso Central, olhos, tato, articulações, audição. Qualquer alteração nestas áreas podem acarretar as famosas tonturas, vertigens, desequilíbrios ou flutuações.

“Porém, nosso organismo é sábio: não ficamos doentes sem alguma causa. Imagine se as pessoas ficassem tontas por nada, como seriam as ruas e nossas vidas pessoais? Portanto, quando se tem qualquer tipo de tonturas, temos que investigar e tratar corretamente”, pondera.

Apesar da maioria dos quadros serem de doenças corriqueiras, eventualmente doenças mais graves – principalmente neurológicas – podem ter como primeiro sintoma os distúrbios do equilíbrio. Através da posturografia, o equilíbrio corporal é testado, sendo mais um elemento de tecnologia que ajuda em muito na Medicina por conta do seu diagnóstico preciso.

“Caso este exame comprove alterações, os tratamentos variam de paciente para paciente, podendo ser desde medicamentosos até através de uma fisioterapia específica, que se chama terapia de reabilitação vestibular, ou a combinação de ambos”, alerta.

O Hospital IPO adquiriu a tecnologia a fim de garantir que seus pacientes tivessem seus problemas avaliados da forma mais correta, “ Além deste, todos os outros exames – como BERA (Brainstem Evoked Response Audiometry, em inglês), emissões otoacústicas, audiometrias, VENG (Vectoeletronistagmografia), VNG, VEMP, entre outros – estão à disposição. Cada um tem uma função específica nesta investigação do sistema do equilíbrio, e são realizados de acordo com a necessidade de cada paciente.